Páginas

Seja bem-vindo(a)

Agradecemos sua visita ao nosso espaço.
Aqui tentamos abordar os mais diferentes tipos de assuntos relacionados ao maravilhoso mundo do artesanato.
Caso o assunto procurado não tenha sido encontrado, deixe um comentário para nós que estudaremos o tema para sempre trazer informações importantes.
Você também pode mandar sua sugestão através do martinatoartesanato@gmail.com ou deixar sua pergunta nos comentários. Só não esqueça, nos comentários, de fazer o login para saber quando respondermos a sua pergunta!
Boas artes e inspirações!

Miniaturas em Biscuit

Quero mostrar umas imagens a vocês (retiradas do site A.Craft) para que vejam algumas "pequenas" maravilhas! E veja até o final para entender este post, hein!


 E esse bolo, bem fofinho?

 Comidinha feita em casa....

 Belos pães fresquinhos...


 ...mais um bolinho. Afinal, gula não é tããão pecado assim (#sóquenão)

 

 Frutas tropicais...

 Um bolo que a criançada iria adorar!

XL
 
Sabem o que todas essas maravilhas tem em comum? Não, não é que todas são comida....na verdade, é exatamente o contrário: NENHUMA DELAS É COMESTÍVEL!!! kkkkkkk

Isso mesmo, acreditem... é tudo feito em massa FIMO (digamos, uma prima do biscuit).

É, verdade seja dita que selecionei especificamente as que não tinham nenhum objeto que desse a noção do tamanho para dificultar a vida de vocês (#quemáqueeusou), mas dêem uma olhada  no site de A.Craft, no post feito sobre este assunto e confiram mais imagens! A riqueza de detalhes é impressionante!

Esse post é para que você se inspire e tente sempre, em suas empreitadas, fazer o melhor possível. O importante é sempre buscar fazer da melhor maneira possível. Afinal, 1% de inspiração não basta sem os 99% de transpiração (já dizia Thomas Alva Edson, inventor da lâmpada!)

Alguém se arrisca a fazer igual???

Biscuit de Caneca


Pessoal, hoje vim trazer mais uma invenção. Éééé, o Papai Noel desta vez chegou um pouco mais cedo!!!
Pois bem, estamos na era das canecas: bolo de caneca, quindim de caneca, pudim de caneca, brigadeiro de caneca... se duvidar tem até ovo frito de caneca (kkkkk). Eu sou amante das canecas, mas não exatamente fazer coisas nela. Sou do tradicional chazinho e café, mas às vezes minha criatividade e modéstia me surpreendem e venho com ideias que considero bem úteis ou interessantes.

Eu estava pensando em como fazer canecas de biscuit que pudessem ser usadas e lavadas normalmente, sem desmanchar, quando me surgiu a ideia: BISCUIT DE CANECA. Sim, totalmente diferente do que eu estava pensando, mas achei interessante testar...e foi trabalhoso, mas consegui um resultado beeem interessante.

Então, antes de começarmos a receita, há umas questões básicas:

  • Testei apenas com caneca de porcelana, mas acredito que canecas de plástico possam ser usadas também (mas não garanto nada!);
  • Não esqueçam que essa é uma receita que foi testada, mas se vocês fizerem algo de diferente do especificado pode sair diferente;
  • Testei essa receita três vezes e todas elas deram certo. Por isso, em caso de dúvidas posso auxiliar vocês (é só deixarem um recadinho nos comentários);
  • E último recado: se deu errado (não vai dar), me escrevam. Se der certo, escrevam também para que outras pessoas vejam que funciona!


BISCUIT NA CANECA

Ingredientes:


  • 1 caneca limpa (usei de porcelana. E é caneca mesmo, aquela xícara maiorzinha);
  • 1 colher para mexer a massa
  • 1/4 de xícara de cola especial para biscuit;
  • 1/4 de xícara de amido de milho;
  • 1/2 colher (sopa) de vaselina líquida;
  • 1/2 colher (sobremesa) de vinagre;
  • 1/2 colher (sobremesa) de creme de biscuit ou creme de mãos não gorduroso.


Modo de Preparo:


Misture, na caneca, todos os ingredientes, com exceção do creme de biscuit de forma que fique uma mistura bem homogênea. Leve ao microondas em potência máxima por 20 segundos, mexa e leve novamente ao microondas por mais 20 segundos. A partir deste tempo, leve de 10 em 10 segundos e vá cuidando a textura.
Assim como a massa feita em pote plástico (receita de biscuit convencional), o ponto é quando a massa já está consistente (não dura), mas ainda com um pouquinho de creme na volta (neste caso, por ser quantidade menor, o creme que se formará também deverá ser em menor quantidade).
Coloque o creme de biscuit/mãos sobre uma superfície lisa onde possa se sovar a massa. É importante notar que a massa não estará tão quente como quando fazemos em quantidades maiores e também esfriará mais rápido. Por isso é importante sovar com vontade  e rápido para que a massa fique na consistência correta.
Após isso, embrulhe a massa num saco plástico e deixe a massa descansar até esfriar. Não esqueça de ir secando a massa caso a mesma acabe suando.



Viram como é fácil esta receita? Então "bora lá testar".




Como Pesar a Massa de Biscuit sem Balança?

Sempre indico que, para calcularmos o valor de cada peça de biscuit (ou qualquer outro artesanato), é primordial que saibamos o valor do material utilizado. Então, a dica é sempre pedir recibo ou nota fiscal do que é comprado. Essa é a maneira mais fácil de sabermos quanto custa cada material comprado (e depois de um tempo, saber também se é preciso alterar o valor final da peça).

Mas e se eu não tiver uma balança de alta precisão para pesar a quantidade de massa de biscuit que usei para fazer a peça, como calcular o valor?

Bom, para quem realmente pretende seguir carreira na arte do biscuit, aconselho que comprem uma balança de alta precisão (pode ser as de cozinha mesmo). Elas não são tão caras, pois já encontrei algumas por cerca de R$50 (levando em consideração que não é um material que se usa e joga fora acho um belo investimento).

Mas, para os iniciantes na arte ou que ainda não tem certeza de que seguirão, ou ainda não tem o biscuit como foco de trabalho, mas precisam fazer algo com essa massinha, trago uma dica de ouro para pesar a massa sem balança.




Para medição é necessário ter... bolinhas de isopor!

Isopor é um material baratinho e fácil de encontrar.




A dica é a seguinte: cada bolinha de biscuit terá uma pesagem comparando com uma bolinha de isopor de mesmo diâmetro. Fique claro que não é uma medição de precisão, mas é uma média que varia pouco desde que o tamanho de ambas as bolinhas fiquem bem parecidos.

Veja abaixo  o tamanho da bolinha e a pesagem média do biscuit:

Para uma bolinha de 25mm - 10g de biscuit
Para uma bolinha de 30mm - 20g de biscuit
Para uma bolinha de 35mm - 25g de biscuit
Para uma bolinha de 40mm - 30g de biscuit

Lembrando, pessoal, que não é para envolver o biscuit na bolinha de isopor, e sim tomá-la como medida para fazer uma bolinha de biscuit parecida.

Legal a dica, né?! Qualquer dúvida, deixem o recadinho ali nos comentários!
Até!

Uso da Tinta Vermelha (e Azul Escuro) na Massa de Biscuit



Para nossas iniciantes, essas dicas serão de grande valia. Não que para as "maduras" na arte não seja, mas provavelmente em algum momento já se depararam com este problema e conseguiram resolver: o uso das tintas vermelha e azul escuro no tingimento da massa de biscuit.

Para quem não sabe, o uso da tinta vermelha e azul escuro (a partir do tom azul-marinho para cima) altera a textura da massa de biscuit. Mas altera como? A massa fica mais mole e, consequentemente, mais difícil de modelar. Em alguns casos, ela chega a grudar na mão e é impossível salvar a massa, mesmo juntando com uma massa mais consistente.

Por isso, gurias e guris, caso precisem usar a massa vermelha, há duas alternativas: massa pronta ou corante Xadrez.




A massa pronta, claro, é só modelar e confeccionar as peças.

Já o corante Xadrez, ele serve para quem não abre mão de tingir a massa manualmente. A vantagem dessa tinta é que ela sai com álcool das mãos (não precisa se matar tentando tirar aquelas manchas que a tinta a óleo deixa). O corante Xadrez é líquido e, por isso, vem com um conta gotas. Vá aplicando aos pouco até atingir o tom desejado, lembrando que a cor sobe de dois a três tons depois que a massa seca.


Para o corante azul, uma dica é importante: tudo o que estou falando é apenas para tons de azul escuros (a partir do azul-marinho até o azul-petróleo, aquele que é quase preto).
Não conheço massa pronta de biscuit azul com tons mais escuros que o azul-marinho. Por isso, indico o corante Xadrez Azul.


Como as cores desse corante líquido não tem tons (o tubinho sempre dirá apenas a cor, como azul, vermelho, amarelo, etc. sem se referir à tonalidade, como azul-marinho, vermelho-grená ou amarelo-ouro), indico que se o azul for o bem escuro, tinja normalmente com esse corante e depois acrescente uma pequena (pequena mesmo) quantidade de tinta a óleo preta e vá dando o tom desejado (lembrando que a massa sobe de dois a três tons depois de seca).


Fora isso, tem outras duas dicas infalíveis: os corantes em pó!





Eles são facilmente encontrados em lojas de artesanato e há várias marcas, sendo as mais conhecidas: Mago, Saramanil, Blue Star, entre outras. Para usá-los, basta acrescentar o pó na massa aberta e sovar até a cor ficar uniforme. 

Ah...deve ter ficado uma dúvida: falei tanto que os tons de azul mais escuros alteram a textura da massa de biscuit, mas será que se a massa for tingida de preto (já que também é uma cor escura) isso também acontecerá? Estanhamente NÃO. A massa tingida de preto altera em nada a textura da massa.

Então por enquanto é isso, gurias e guris. Já sabem, né, qualquer dúvida é só deixar o recadinho aí nos comentários!

Até o próximo post!

Uso do Verniz (qual utilizar)

Depois de uma trabalheira enorme em fazer nossas peças, seja qual for o material e/ou a arte, é muito comum nos depararmos com a cruel dúvida: passar ou não passar verniz?

Pra essa questão eu já respondo bem objetivamente: SIM, passem verniz!

Eu por muito tempo achei que usar verniz deixaria minhas peças de biscuit com um ar "plastificado", tirando certas características que se tornam mais delicadas quando não temos aquele brilho. Em partes uma marca minha, outra parte preconceito meu. De fato, prefiro mesmo não ter brilho nas minhas peças (nada contra quem gosta e faz), até porque se o cliente quiser a peça brilhante eu ainda consigo colocar brilho numa peça fosca, mas o contrário não acontece. No entanto, verniz é sinônimo de proteção à peça...e depois do trabalho todo que tivemos para fazer nossos filhinhos (sim, cada peça é um filho!) vamos deixá-los desprotegidos? Não, né!

O verniz minimiza inclusive parte dos danos causados pelo sol. Eu disse MINIMIZA!! Isso não quer dizer que vamos jogar nossas peças envernizadas ao sol...quer dizer, sim, que o verniz forma uma película protetora como se fosse um protetor solar na pele.

Pois bem, decidimos por fim usar o verniz em nossas peças e descobrimos que a dúvida é bem maior do que "usar ou não usar, eis a questão"... a pergunta correta não é usar verniz ou não, mas QUAL verniz usar.

E eu vim aqui para responder para vocês!

Apesar de parecer tudo a mesma coisa ou com diferenças pequenas, cada verniz tem uma finalidade. Vários podem ser utilizados num mesmo tipo de material, mas o resultado final é diferente... E você, qual resultado quer dar ao seu trabalho? Confira abaixo e escolha...e claro, deixe seu recadinho!



  • Verniz Acrílico - é atóxico (não tóxico) e, por isso, é indicado a pessoas com sensibilidade a produtos de cheiro forte. É um líquido cremoso branco, mas após a secagem fica totalmente transparente. Há opção das versões fosca (sem brilho) ou brilhante. Por ser a base de água, não é indicado que as peças com a aplicação deste verniz fiquem de molho ou mesmo que sejam lavadas. Seguindo esta dica, esse produto pode ser utilizado em madeira, gesso, papel, biscuit, cortiça, guardanapos de découpage (não altera a cor), entre outros. É um dos únicos vernizes que pode ser aplicado em isopor sem que ele derreta. O tempo de secagem é médio.


  • Verniz Cristal - financeiramente é um dos vernizes mais baratos. Tem coloração amarelada (cor de caramelo claro) e, por isso, não deve ser utilizado em peças muito claras a fim de não manchá-la. É de secagem rápida, porém é considerado um produto tóxico e de cheiro forte. É também um dos mais líquidos, o que facilita na aplicação, mas justamente por este motivo é necessário cuidado na quantidade aplicada em peças onde o verniz não possa escorrer. O resultado final é brilhante (por isso o nome cristal). Pode ser utilizado em madeira, biscuit (peças escuras), gesso, cortiça, papéis mais resistentes (não indicado para uso em papéis finos, como seda e carbono). Não é indicado o uso direto em peças trabalhadas com guardanapo de découpage por correr o risco de alterar a cor da peça ou danificar o papel. O tempo de secagem é de rápido a médio.


  • Verniz Fosco - é o verniz utilizado em peças onde se deseja apenas dar proteção, sem brilho. Dependendo do material utilizado, pode dar efeito de jato de areia (por exemplo, se utilizado em vidro). Em outros materiais, é considerado o verniz que consegue manter melhor as características naturais da peça. Também tem cheiro forte e é tóxico. A secagem é rápida.




  • Verniz Geral - é o verniz mais utilizado, já que como o próprio nome diz, pode ser utilizado com quase todos os materiais. O acabamento é brilhante e a secagem é lenta. A vantagem no uso deste verniz é que ele é um dos que proporciona maior proteção à peça, podendo inclusive ser lavada após aplicação e secagem do produto. Também é tóxico e de cor transparente, o que permite a utilização em peças claras, diferente do verniz cristal.




  • Verniz Vitral - é o verniz utilizado na pintura de vidros, pois proporciona brilho semelhante. Com diversas cores ou incolor, o verniz vitral é uma resina de secagem lenta. É o verniz mais utilizado para fins de decoração, mas o uso é restrito, visto que nem todo tipo de papel pode ser utilizado. O verniz vitral fosco imita jato de areia. Os materiais indicados para uso deste verniz são o vidro, biscuit, porcelana, metal, gesso e espelho.





  • Goma Laca - não é considerada um verniz, mas um impermeabilizante. É brilhante (mas não é muito intenso). O uso é indicado para impermeabilizar materiais porosos, como EVA, gesso, papéis, etc. pois não "dissolve" esse tipo de material como muitos vernizes. É muito indicado para uso em peças que se movem, já que não racha. A secagem é de média a lenta. Além de impermeabilizar, a goma laca ajuda na fixação de glitter e purpurina.




Apesar de saber que são muitas informações, acreditem que elas são muito úteis e fazem a diferença no resultado final.
Eu, como comentei anteriormente, gosto de uma imagem mais natural do meu trabalho, sem brilho. Por isso, uso o Verniz Fosco... e agora não abro mão de sempre impermeabilizar as peças! É a velha frase mágica: fazer isso agrega valor ao meu trabalho que já foi feito com tanto carinho!

Curiosidade sobre Tinta a Óleo (uso no Biscuit)

Pessoal, hoje venho trazer um assunto que muita gente ignora, mas é bem importante: a escolha da tinta a óleo.


Estou falando em biscuit, sim! Quem disse que as informações que traz na embalagem da tinta a óleo serve apenas para quem vai pintar um quadro???
Algumas amigas do biscuit já me reclamaram muito sobre as cores ficarem fracas ou mesmo mudarem de cor (tenso!!) e tudo isso porque ignoraram essas informações. Vocês não vão ignorar, né?!

Fique claro que não sou especialista em tinta a óleo, apesar de já ter dito que é a tinta que mais gosto de tingir minha massa de biscuit, mas quero contribuir com o pouco que sei e que acho pertinente ao biscuit.

Observem esta paleta de cores que retirei do site da Gato Preto:


Você sabe o que significa as estrelinhas e os quadradinhos sinalizados em cada uma das cores (essas informações também são encontradas no próprio rótulo da tinta)? Então vamos lá...vou explicar e você verá que isso fará diferença no seu trabalho em biscuit:



Estrelinhas - as estrelas significam o que chamamos de "Permanência" da tinta. Esse índice mede a capacidade da tinta permanecer intacta, ou seja, continuar na mesma cor. A Permanência é medida de acordo com a capacidade que a tinta tem de resistir à exposição à luz. Assim, a tinta que possui 3 estrelinhas tem mais resistência à luz do que a que tem 2 estrelinhas (ou 1). No caso a tinta que possui 1 estrelinha muitas vezes é considerada como uma tinta de baixa qualidade justamente por ter uma propensão maior a ter sua cor alterada diante da exposição à luz.




Quadradinhos - e os quadradinhos que hora aparecem brancos, ou pretos, ou pintados nas duas cores pela transversal? Nada mais é do que a indicação de opacidade e transparência da tinta. Isso quer dizer que o quadradinho branco representa uma tinta que chamamos de translúcida, ou seja, ela não tem o poder de cobertura e tem a função de transparência. Já o quadrado preto significa que a tinta é opaca, ou seja, tem total cobertura. O quadradinho pintado pela metade quer dizer que a tinta é semi-opaca, o que significa que ela não tem total cobertura, mas também não ficará transparente.



Mas afinal, o que isso influencia no meu biscuitzinho, se vou apenas tingí-lo e/ou pintá-lo? TUDO, gatas e gatos...absolutamente TUDO!

Ao usar uma tinta translúcida na massa de biscuit natural, a tendência é que depois de seca a massa fique quase transparente. Da mesma forma, ao usar uma tinta com total cobertura é sinal que não é necessária grandes quantidades para cobri-la totalmente. E por fim, usar uma tinta semi-opaca, a peça ficará com uma leve transparência.
Caso você queira utilizar uma tinta que só tenha o tipo translúcida ou semi-opaca, o indicado é que você use junto a tinta branca (opaca!) no tingimento.

Apenas para deixar claro que as tintas brasileiras tem um bom índice de Permanência e, por isso, não há necessidade de muita preocupação se a cor mudará muito ou não, pelo menos no uso com o biscuit (com relação à pintura de telas já não posso falar nada).

Interessante esse post, né?
Espero que vocês tenham aproveitado e tenham percebido que até a escolha da tinta faz diferença no resultado final do trabalho.

Conservação do Biscuit (massa e peças)

O biscuit é uma massinha mágica...te leva do céu ao inferno em segundos! Mas na maioria das vezes por puro desconhecimento nosso de que é um material que demanda alguns cuidados.
Abaixo, fiz um post para que vocês possam seguir as dicas de conservação, tanto das massas antes da modelagem, quanto das peças depois de prontas e secas.

E já sabem: em, caso de dúvidas é só perguntar deixando seu comentário lá no final do post!


Dicas de Conservação da Massa

  • a regra é primordial: nunca (mas nunca mesmo) deixe a massa fora de um plástico de proteção. Seja um plástico filme PVC ou saquinho mesmo, não importa. O que não dá é deixar o biscuit pegando ar. Senão o resultado é previsível: a massa seca;
  • para evitar que a massa manche, use um saquinho para cada cor de massa. Pode parecer muito para algumas pessoas, mas isso é uma organização que faz toda a diferença quando vemos cada massa com sua devida cor e sem manchas;
  • se for usar sacolas plásticas de supermercado (aquelas com estampa) para proteger a massa, não esqueça que o lado da impressão deve ficar para fora a fim de não soltar tinta e manchar a massa;
  • evite guardar grandes quantidades de massa tingida. O ideal é ter a massa natural para que seja tingida conforme a necessidade. A massa tingida tem uma vida útil menor do que a natural e, por isso, é mais indicado tingir apenas o necessário e quando necessário;
  • se a massa ficar muito ressequida você pode colocá-la por alguns minutos no vapor de água fervendo. Cuidado para não colocar a massa direto na água. Quando faço isso, coloco um pano de algodão por cima de um escorredor de macarrão que encaixa na panela (mas não fica dentro dela) e coloco a massa de biscuit dentro por alguns minutos;
  • já se a massa estiver muito mole, junte-a com uma massa de uma consistência mais firme e sove-as até ficarem homogêneas.


Dicas de Conservação das Peças de Biscuit (prontas)

  • o biscuit, por ser feito a base de cola e amido, não é resistente à água. Assim, para limpeza é indicado que a peça nunca seja colocada na corrente de água da torneira, por exemplo, ou de molho. Caso seja necessário lavar, faça isso com a parte não abrasiva da esponja (parte amarela), sem esfregar com força e seque logo em seguida;
  • para tirar o pó, basta passar um pano macio e seco na peça;
  • para tirar alguma mancha basta passar um cotonete molhado no álcool e fazer leves movimentos circulares sobre a mancha;
  • não deixe as peças expostas à luz direta do sol, pois desmerece a peça. No caso de peças brancas, a mesma amarela caso seja deixada exposta à luz.


Massa de Biscuit: Caseira X Industrial

Pessoal, resolvi criar este post para mostrar alguns pontos que me fazem escolher a massa de biscuit pronta (industrial). Não vim aqui dizer que vocês devem utilizar a mesma massa que eu, e nem que vocês não devem fazer a massa em casa. Apenas fiz isso porque muita gente me questiona o motivo para que eu utilize a massa pronta quando por tantos anos fiz apenas a massa caseira.






Tempo de preparo: é indiscutível que a massa pronta não demanda tempo algum de preparo, pois é simplesmente abrir o pacote, sová-la e iniciar o trabalho.








Secagem: esse é mais um ponto que, para mim, é muito importante na hora da escolha. A secagem da massa pronta é mais rápida do que a feita em casa. O tempo de secagem da massa pronta chega a ser 1/3 menor do que a feita em casa. Mas esse é um ponto a se ter mais cuidado  para as pessoas que não embalam a massa durante a confecção de uma peça: com certeza a massa pronta não seria muito indicada nesses casos.





Tingimento: a vantagem da massa pronta neste quesito é que já existe massa pronta colorida, em diversas cores. Claro, cores que são muito específicas (como o tom de pele) eu não utilizo a massa tingida afim de dar um aspecto mais natural à peça. No entanto, se eu quiser fazer várias peças que utilizem a cor preta, não vejo necessidade de manchar minha mão sendo que já existe a mesma coisa que quero pronta. Outra vantagem  é que apesar dos lotes terem pequenas variações de cor, é muito melhor do que se eu tivesse que tingir mais massa exatamente da mesma cor por ter calculado a quantidade errada inicialmente. Dificilmente conseguiria o mesmo tom do "azul royal" que já tinha feito, e por isso acho melhor o uso da massa pronta.



Durabilidade: sabe quando fazemos aquela encomenda e sobra a massa tingida e não sabemos quando utilizaremos aquela cor novamente? O desejo normal de qualquer artesão é de que essa massa dure até acharmos a finalidade dela, não mesmo? E por isso acho a massa pronta mais uma vez vantajosa para mim: a massa tingida já me durou quase 8 meses. A massa pronta sem tingimento já me durou quase um ano. Se compararmos com a massa feita em casa, a tingida não dura mais que umas 5 semanas e sem tingimento dura por volta de 3 ou 4 meses.




Preço: levando em consideração que com um tubo de cola de 1kg (=-R$15,00) e uma embalagem de 1kg de amido de milho (+- R$4,50, do amido industrial) rende duas massas, eu poderia dizer que neste aspecto a massa caseira é mai do que a industrial. Enquanto a caseira sairia cada um por volta de R$10,00, a pronta sai cerca de R$13,00. Mesmo assim, levo em consideração também o alto risco de errar: quando o tempo estava muito seco era certeiro que eu erraria a massa, mesmo cuidando quase com o rosto grudado no microondas. Em tempo de chuva, também, minha massa ficava muito mole e eu "apanhava" para conseguir dar o ponto na massa sem deixá-la passar. São R$3,00 que não considero gastos, mas investidos.


Como falei no início, não estou dizendo que vocês não devem utilizar apenas a massa industrial, até porque os pontos que são desvantagens para mim podem ser vantagens para vocês. E não vou cuspir no prato que comi, gente, já que por muito tempo fiz biscuit com massa caseira. Mas acho interessante colocar o que me levou a escolher a massa de biscuit pronta.

Deixe seu recado acrescentando suas ideias, seja para defender a massa caseira, concordar com o post ou para dar uma terceira opinião: aqui todo mundo tem voz e quero ouvir vocês!!


Massa de Biscuit/ Porcelana Fria (Dicas)

Estava eu pensando em fazer um post que pudesse ajudar, de fato, o pessoal que está iniciando  na arte do biscuit. Parei para pensar em quais eram as dificuldades que eu tinha quando iniciei...pensei, pensei, pensei e me deparei com um enorme problema: minha memória, kkkk. Vocês vão pensar que sou soberba, mas juro que não. É que conforme vamos nos desenvolvendo em algo ou alguma área acabamos criando outros desafios e as preocupações iniciais já não são mais lembradas. Vocês que já tem certa vivência acho que estão me entendendo, e vocês que estão iniciando entenderão em bem menos tempo que eu precisei para entender essas coisas.
Depois a amnésia saiu de mim e comecei a lembrar de muitas coisas que foram difíceis de aprender ou mesmo ter quem pudesse me orientar (aprendi biscuit na marra e sempre fui meio autodidata com essas coisas de artes) e o óbvio foi lembrado: quem quer fazer biscuit precisa ter massa...mas antes de ter a massa se precisa saber quais ingredientes comprar e quais podem ser substituídos.

Eureka!!!

Primeiramente peguei a minha experiência, mas percebi que precisava fazer vários experimentos para enriquecer este post (fazendo coisas que com certeza vocês gostariam de saber o resultado, mas que não querem arriscar nem dinheiro e nem material com esses experimentos). Pois bem, fiz todos os experimentos que me vieram à cabeça para fazer a massa estragar. E por fim, surgiram dicas que se eu tivesse lido antes de fazer minha primeira massa...ela não teria virado um peso de porta, kkkkk.

Então, pessoal, este post foi feito com muito carinho, mas principalmente esmero para que vocês não gastem dinheiro à toa: antes apenas um gastar para dar a informação a vários, do que vários gastarem para dar informação a um só (nós mesmos), não acham? Aproveitem e compartilhem, mas não esqueçam de dar os créditos, tá?! ;-)

DICAS IMPORTANTÍSSIMAS!!!

Se você está pensando em pular essa página porque viu que o texto é grande, eu digo: é IMPORTANTE. E ainda mais: o tempo gasto aqui vai te economizar tempo, futuramente. E insisto em dizer que também é economia de dinheiro, principalmente em tempos de crise.
Erros cruciais na massa muitas vezes acontecem desde o início...e sabemos que o que começa errado por via de regra termina errado... Então, mais importante do que dar a receita da massa perfeita, preciso dizer a vocês como comprar os ingredientes perfeitos e fazer as devidas substituições.

Então, vamos lá?

  • Cola - com certeza esse é o maior erro e o maior número de perguntas quando resolvemos fazer a massa de biscuit em casa. Pessoal, a cola usada é somente a Cascorez Extra, Cascorez Rótulo Azul, Cascorez Porcelana Fria ou qualquer cola que esteja escrito no rótulo especificando que o uso é para Porcelana Fria/Biscuit. E vocês me perguntarão: o que acontece se eu usar cola escolar comum? E eu vos digo: para fazer este post eu justamente testei o que aconteceria usando a cola comum (sim, eu sempre preferi não arriscar, mas resolvi fazer isso para cortar o caminho de vocês testarem também) e minha massa ficou... um pudim! Talvez um flan, kkkkk...Qualquer coisa, menos uma massa de biscuit. Não chegou nem no ponto de sovar a massa e já tive que colocar tudo fora. Puro desperdício de material e, levando em consideração que a maioria quer uma renda extra com o biscuit, comprem a cola correta que não haverá erro.
Marcas que recomendo: Cascorez Extra, Cascorez (rótulo azul), Cola para Porcelana Fria da PolyFort, Cola para Porcelana Fria da Polycol e FoxCola para Porcelana Fria. Para facilitar coloco algumas imagens abaixo para que possam visualizar como elas são.








  • Vaselina Líquida - sim, pessoal, se for vaselina TEM que ser líquida. Imaginem o dinheiro que coloquei fora testando várias massas, cada uma com um erro para entender exatamente o que acontece. E claro, né, me sinto no direito de pedir que não cometam os mesmos erros que eu (mesmo que os meus tenham sido propositais). A vaselina sólida (que parece uma pasta) é simplesmente impossível de diluir na massa de forma a ficar homogênea. O ponto que ela 'derrete' é quando a massa já está quase pronta e não tem mais como misturar. Resultado: uma massa borrachuda, sem a mínima condição de ser manuseada e ao mesmo tempo com pedaços de gordura (vaselina) em toda ela. Em alguns lugares, a vaselina é conhecida/vendida com o nome de Óleo Mineral, que é a mesma coisa. Para quem não sabe, vaselina líquida é encontrada em farmácias e alguns supermercados (geralmente na parte dos curativos e algodões). Uma alternativa que já usei muito é o óleo vegetal. Isso mesmo: óleo de soja, canola, girassol... esses vendidos em supermercados mesmo. Funcionam da mesma forma!

  • Limão - o limão age como conservante na massa de biscuit e por isso é imprescindível. Alternativa para o suco de limão (já que não pode cair os gominhos e sementes): vinagre. Independe o vinagre, mas já adianto que pelo cheiro ser forte, o 'menos pior' é o de álcool. Se ainda assim preferir usar o limão, o mais indicado é que seja coado para, como eu disse, não cair os gominhos e sementes na massa. Algumas pessoas utilizam formol, mas pessoal, fica o alerta: já é sabido que formol faz muuuito mal à saúde, ainda mais colocando a mão direto nele (sim, quando você for sovar a massa sua mão entrará em contato com formol.




  • Creme para mãos - as informações sobre o creme para mãos que vou dar não é proveniente de perguntas que me fizeram, mas pela minha própria experiência (até o que nos parece óbvio tem que ser dito). Para mim durante muito tempo (e ainda hoje) é uma controvérsia um creme para mãos sem silicone e sem gordura (um creme light, kkkkk), afinal, o creme para mãos é mais consistente e é mais hidratante do que um creme corporal. E aí entendi o cerne da questão: quase todos os cremes para mãos são indicados para fazer massa de biscuit, mas como eu disse QUASE todos, certamente há exceções. E são elas: cremes para peles extremamente ressecadas (mais vale não fazer a massa do que usar esse creme), qualquer creme que conste silicone em sua composição e cremes feitos a base de manteigas (de karitê, por exemplo). Há cremes vendidos em lojas de artesanatos específicos para uso na massa de biscuit. Para quem está iniciando é uma boa ideia, até para saber qual a consistência do creme. Para quem já tem certa prática na confecção da massa e na utilização do creme, às vezes não vale a pena pelo valor (um pote de creme para biscuit às vezes é metade da quantidade de um creme de mãos, mas ao mesmo tempo chega ao dobro do preço...a regra é: PESQUISAR E COMPARAR).
Mais uma dica sobre creme no biscuit é: NUNCA utilize mais do que 1(uma) colher de sopa para sovar a massa. Por quê? Porque senão a massa ficará farelenta e, a peça depois de seca, ficará rachada. No início parece pouco uma colher apenas, mas você verá que usando essa medida a sua massa nunca estragará por conta do creme. Outro motivo para não exagerar no uso do creme é que a massa pode embolorar, anulando o efeito do limão/vinagre.


  • Amido de Milho - mais conhecido como a popular Maizena (eu sei que maisena é com "s", mas a marca é com "z"), o amido de milho serve para dar consistência na massa. Posso substituir por farinha de trigo? NÃO! A farinha de trigo deixa a massa extremamente pesada impossível de ser sovada. Acredito que o trigo tem uma densidade maior do que o amido de milho. Então, não há substituto para o amido de milho. A única substituição que já fiz e ao mesmo tempo não fiz é ter trocado o amido de milho por amido de milho industrial. É melhor? Sinceramente, nunca notei diferença entre o alimentício e o industrial. Então por que usou o industrial? Senti a diferença no meu bolso. O amido de milho industrial, em alguns locais, é muito mais barato do que o alimentício. Há dois anos eu pagava quase R$3,50 por 500g de amido de milho Maizena e, em compensação, R$1,50 por 1kg do industrial. Paguei menos da metade pelo dobro de produto. Ah! Antes que surja dúvida: já testei nos primórdios fécula de batata e...desisti...não ficou ruim o resultado, mas fécula de batata é muito caro em comparação ao amido de milho. Como disse, não ficou ruim o resultado, mas ainda assim, a massa parece ter ficado meio mole. Resumindo; o amido de milho tem a consistência perfeita, seja industrial ou alimentício.


Fora isso, não esqueçam: a vasilha, os medidores e as colheres que forem utilizados para fazer a massa não devem ser utilizados para fazer comida. Nada de dizer que vai lavar bem e tal... Assim como não se deixa utilizar os materiais da cozinha para brincar na terra, também não deve utilizá-los para fazer o biscuit, um material não comestível. ;-)

Muita coisa, né? Mas acredito que vocês não errarão seguindo essas dicas. Das primeiras vezes parecerá complicado, mas com o tempo se tira de letra.

Até o próximo post!!!

Dúvidas com a Massa de Biscuit (respostas)

Eis que hoje resolvo trazer mais um assunto que me trouxe muitas dúvidas quando iniciei minha caminhada no biscuit há 8 anos (e de brincadeira alguns amigos já me chamam de "vovó do biscuit", kkkk): as dúvidas no armazenamento ou na confecção da massa de biscuit (para ver a receita de biscuit caseira que nós testamos e aprovamos, clique aqui). Não conheço ninguém que tenha acertado a massa de biscuit desde a primeira vez que fez. Não, isso não é para que você se desmotive e desista antes de começar. Isso quer dizer que eu não tive acesso a tantas dicas em um lugar apenas como estou tentando colocar aqui. E o que considero o mais importante: tudo o que está escrito é comprovado por experiência própria. Por mais que as dicas apresentadas aqui possam ser parecidas com outros sites que fazem compilações, podem ter certeza que tudo descrito abaixo foi testado e aprovado antes de publicado.
Vamos lá?


Minha massa ficou muito mole. O que fazer?
Quando a massa fica muito mole, você tem duas alternativas. A primeira é colocar mais um pouco para cozinhar, caso não tenha sovado ainda (colocado o creme de mãos). A segunda é, se você já sovou/colocou o creme de mãos na massa, misturar com uma massa mais dura, pois juntando as duas a massa fica boa.



Minha massa ficou muito dura. O que fazer?
Como dito acima, caso você esteja com a massa dura é só fazer uma mais mole e misturar as duas até ficar homogêneo. Se a massa estiver muito consistente e não der pra fazer isso, a outra alternativa é, em uma panela com água fervendo, enrolar a massa em um pano de algodão e colocá-la sobre aqueles escorredores de macarrão que ficam embutidos na panela (mas não totalmente dentro dela, pois o biscuit tem que pegar apenas o vapor, e não a água).


Posso usar amaciante de roupas na massa?
Não. E por favor, pessoal, nem tentem. O amaciante deixa a massa muito quebradiça depois de seco, mesmo que facilite na hora da modelagem. Não esqueçam que muito mais do que facilitar o nosso trabalho é ter um resultado final impecável. Afinal de contas, queremos que nosso trabalho seja reconhecido pelo capricho e não pela preguiça, não é mesmo?! Não usem nada além do que consta na receita da massa, pois o que pode parecer bom no início, pode se tornar uma bela dor de cabeça. Se você quiser saber mais sobre o que acontece com o uso errado dos materiais e as substituições que podem ser feitas, clique aqui (explico várias experiências que fiz para testar as dúvidas mais comuns).

Como devo embalar a massa de biscuit para que ela dure mais?
As dicas de conservação do biscuit são bem simples. Para que o biscuit dure basta que você o mantenha longe do ar (já que é o elemento necessário  para que a massa seque). Assim, é importante manter as massas embaladas em sacos plásticos, bem vedadas. Também é importante que cada cor tenha seu saquinho (você também pode embalar em plástico filme). Para ter certeza de que a massa estará bem vedada. além de colocá-las em saquinho é interessante colocar dentro de um pote plástico grande, onde todas as massas tingidas possam ficar juntas. Se você quiser mais dicas de conservação de biscuit clique aqui.


Quanto tempo dura uma massa de biscuit?
Depende. Se ela for feita em casa e não tiver nenhuma coloração nela, por volta de uns 3 meses. Já se ela for feita em casa, mas já estiver tingida, não dura mais que um mês. A massa comprada já tem uma durabilidade maior: a tingida dura por volta de uns 7 ou 8 meses se bem armazenada, e a sem tingimento pode durar até um ano. Já fiz um post que trata justamente deste assunto (para ver é só clicar aqui).


O correto é tingir a massa ou pintá-la depois de pronta? 
Incrível como essa pergunta é comum mas quando eu tive essa dúvida não encontrei ninguém que me respondesse. Também não encontrei ninguém que pudesse me dizer, no caso de poder pintar das duas maneiras, qual seria a mais adequada. Ambas as formas são corretas e são possíveis, mas trazem resultados totalmente diferentes. Quando tingimos a massa é algo bem delimitado (se for um boneco, por exemplo, a calça terá uma cor, a pele outra, o cabelo outra, blusa mais outra, etc.). Já se esculpimos e depois pintamos é como se estivéssemos pintando um quadro em 3D e, por isso, não haverá peças tão delimitadas (por mais que se tente, a cor da calça se misturará com a cor da blusa no encaixe das duas, assim como a cor da peles, cabelos, etc.). A minha opinião é: para peças como topos de bolo (bonecos) prefiro tingir a massa e fazer cada coisa com a sua cor. Já, quando faço potes, gosto de deixar alguns detalhes para serem pintados depois de secos (eu, por exemplo, adoro quando tenho que fazer uvas, modelar a massa natural e depois pintar com as referidas tintas. Na minha opinião dá um efeito mais delicado, bem de pintura de quadro mesmo). Mas você é o artesão e o seu traço e características são muito importantes e próprios. Por isso, o importante não é se você prefere pintar a massa ou a peça, pois ambos são possíveis, mas sim soltar a imaginação e tornar seu trabalho um destaque por ser único (seja pela pintura, pelo traço ou ambos). 


Qual tinta melhor para se usar para tingir a massa: tinta a óleo ou para tecido?
Acho que essa pergunta depende muito do artesão que irá trabalhar com a massa. Eu, particularmente, nunca me acostumei com a tinta para tecido. Na minha opinião ela sempre acaba ficando com pequenos pedacinhos da tinta por toda ela, o que nunca aconteceu comigo usando tinta a óleo. Mas, verdade seja dita, conheço muitos artesãos que adoram usar a tinta para tecido. Outro ponto que me leva a não utilizá-la é que com a tinta a óleo tenho uma noção bem melhor da cor real que ficará a massa depois de seca. Mesmo sabendo da história que a massa escurece até dois tons depois de seca, uma vez fui tingir com tinta para tecido com a tinta vermelha e branca. Eu queria um rosa claro (cor de chiclete) e quando consegui uma cor bem clarinha de rosa achei que estava perfeito. Engano meu! minha massa ficou praticamente vermelha! Fiz outros testes com várias outras cores e sempre acontecia o mesmo: minha massa ficava cheia de pedacinhos de tinta seca e a cor nunca ficava como eu queria. Mas, em compensação, a tinta a óleo é uma verdadeira tristeza quando tem que ser tirada da mão...ela mancha mesmo! Eu lavava com sabonete de mecânico (aqueles sabonetes que parecem pedra-pomes) e muitas vezes nem com isso saía. Já com a tinta para tecido, como ela é lavável, basta lavar com água e sabão. Mas é como eu disse: a escolha da tinta vai de cada artesão. Teste as duas e veja qual você se adapta melhor!

É verdade que tingir a massa de biscuit com tinta a óleo vermelha altera a textura?
Sim. Não sei explicar os reais motivos para isso, mas já notei que a tinta vermelha (qualquer tom) e as tintas azuis (apenas aqueles tons muito escuros, entre o azul-marinho e o azul-petróleo - aquele quase preto) alteram a textura da massa de biscuit. Na verdade, se a massa for utilizada na hora até não há tanta diferença, mas se for deixada para usar depois (mesmo que seja apenas um dia) a massa fica muito mole. A alternativa é comprar a massa já tingida (no caso da vermelha, pois não conheço massa azul a partir do tom marinho tingida) ou usar corantes da marca Xadrez. Esse corante é vendido em ferragens, algumas lojas de artesanato (poucas) e até em supermercados. Basta aplicar algumas gotinhas (ele vem num tubinho parecido com remédio conta-gotas) diretamente na massa e misturar até ficar homogêneo. Caso fique muito claro, acrescente mais tinta, lembrando que após secar a massa subirá dois tons da cor.

Quais marcas de tinta a óleo são indicadas para usar com massa de biscuit?
Todas as marcas que utilizei são boas para usar com massa de biscuit. São elas: Acrilex, Corfix e Gato Preto. Confesso que aqui, em Porto Alegre, a marca Gato Preto não é muito comercializada em tinta a óleo (menos que as outras duas que citei), mas quando tenho a oportunidade de comprar é a marca que dou prioridade. Não sei dar uma explicação técnica, mas a tinta parece que se uniformiza mais rápido deixa o trabalho mais delicado e utilizo menos tinta (talvez por isso deixe o aspecto mais delicado). As outras duas marcas são mais conhecidas aqui e também são muito boas. Se tiver oportunidade, vale a pena utilizar cada uma e ver qual você se adapta mais.


Posso usar caneta hidrográfica (canetinha hidrocor) para fazer detalhes no biscuit?
Eu confesso que não gosto de usar canetinha no biscuit porque ela fica um pouco borrada. Sempre uso caneta permanente (aquelas usadas para escrever em CD). É possível comprar essas canetas com duas pontas, uma fina e outra mais grossa. A ponta mais fina pode ser usada para traços finos, como olhos, sobrancelhas e cílio. Já a ponta mais grossa pode ser usada para detalhes maiores como, por exemplo, os olhos feitos com uma bolinha apenas.


Ainda tem dúvidas? Deixe seu comentário que responderemos pra vc!